Uma pesquisa recente da VitalSmarts descobriu que 83% das pessoas já testemunharam alguém cometer um erro com resultados catastróficos para a própria carreira, reputação, ou empresa – e 69% admitiu já ter feito algo do gênêro.
Pequenas coisas podem se somar ao longo do tempo e prejudicar sua carreira, tanto quanto (ou mais) que um grande erro. A boa notícia é que se você estiver ciente delas, estará no controle e poderá evitá-las antes de um final infeliz.
1. Prometer muito e entregar pouco.
É tentador prometer a lua aos seus colegas e clientes, especialmente se você for honesto, trabalhador e acreditar que vai conseguir. O problema é que não há razão para prometer algo que pode “queimar seu filme”. Quando você se compromete a fazer algo ridiculamente rápido e perde o prazo por pouco, provavelmente vai pensar que fez um bom trabalho, já que, de qualquer maneira, foi rápido na entrega. Mas de fato, no momento que você promete algo a alguém, esse alguém não vai esperar nada menos do que aquilo que foi prometido.
O atraso na entrega acaba por “queimar a sua imagem”, o que é uma pena, uma vez que você poderia ter prometido um prazo realista desde o início e feito um trabalho de grande qualidade, gastando quase o mesmo tempo. Esta é uma daquelas situações onde a percepção importa mais do que a realidade. Não supervalorize deliberadamente seus objetivos; apenas seja realista sobre o que pode oferecer. Crie expectativas que farão você brilhar aos olhos do cliente.
2. Complacência.
Há quanto tempo você não aprende uma nova habilidade ou estende a mão para os seus contatos? Quando foi a última vez que você atualizou o seu currículo?
Não se lembra? Talvez você tenha se tornado um pouco complacente, e a complacência é uma grande assassina de carreiras. Isto acontece quando “ligamos o piloto automático” e assumimos que nada vai mudar. Mas ao longo dos últimos anos, nós já vimos suficientes rupturas – tecnológicas ou não – para perceber que a mudança é inevitável. Se você está sempre ocupado demais para aprender algo novo ou para expandir sua rede de contatos, pense duas vezes. O que fazer? Priorize o seu desenvolvimento pessoal e você estará pronto para o que “der e vier”.
3. Medo da mudança.
O medo da mudança é o irmão gêmeo da complacência. Ele trabalha ativamente para manter as coisas como estão. Tenho certeza que você já testemunhou no trabalho alguém pronunciar as temidas palavras: “Mas nós sempre fizemos assim.” As coisas estão mudando muito rápido para ficarmos submissos ao status quo, e os custos disso podem ser enormes.
Em uma pesquisa, 91% dos entrevistados disseram que os funcionários mais bem sucedidos são aqueles que melhor se adaptam a um local de trabalho em transformação. A mudança é uma parte constante de nossas vidas, tanto pessoal como profissional. Não importa se você acha que as coisas devem mudar, ou se você prefere que fiquem como estão – a mudança é inevitável. Você não tem que aprender a amá-la, mas você tem que parar de resisti-la e começar a se adaptar.
4. Ter um ego inflável.
Você já trabalhou com alguém que conseguiu uma série de sucessos e começou a pensar que era o “super-power-gênio”, o mega mestre todo poderoso e a solução de tudo? O Sucesso é ótimo, melhora a sua carreira e te faz sentir bem consigo mesmo. O problema começa quando ele sobe à cabeça e você começa a pensar que vai durar para sempre.
Nunca, mas nunca, se contente em desfrutar os louros de algumas conquistas. Uma vez que você começar a pensar que é a cereja do bolo, você estará se encaminhando para um fracasso muito doloroso.
5. Perder de vista o quadro geral.
É fácil tornar-se absurdamente ocupado e trabalhar tão pesado no que está logo à sua frente, que perder de vista o quadro geral passa a ser uma consequência. Pessoas inteligentes,no entanto, mantém-se vigilantes e sabem comparar suas prioridades diárias com uma meta maior, cuidadosamente calculada. Isso não quer dizer que, tais pessoas, não se preocupem com trabalhos de pequena escala; na verdade elas possuem disciplina e perspectiva suficiente para ajustar o seu curso conforme necessário.
6. Negatividade.
Às vezes, quando você está se sentindo negativo e para baixo, o seu humor pode afetar outras pessoas, mesmo que você não queira. Você foi contratado para tornar os trabalhos de sua equipe e de seu chefe mais fáceis, não o contrário.
Pessoas que espalham negatividade no trabalho e só reclamam sobre suas tarefas e colegas complicam a vida de todos.
7. Baixa inteligência emocional.
Todos sabem que você pode ser demitido por ser incapaz ou não querer se integrar bem com a equipe, mas o que “realmente pega” é a pouca capacidade de não manifestar emoções negativas na hora errada. Se é fácil dizer quando você está entediado ou irritado ou fica clara a sua opinião de que algo que um colega disse é estúpido, isso vai te prejudicar. Explosões emocionais, menosprezar os outros, rebaixar colegas de trabalho quando falam, pouca auto-consciência, ou simplesmente ser uma pessoa difícil são indícios de baixa inteligência emocional e podem resultar em grandes danos à sua carreira.
8. Bajular o chefe
Algumas pessoas ficam “agradando” demasiadamente o chefe e dizem que estão “fazendo um bom relacionamento”. Mas este tipo de bajulação está longe de ser uma relação baseada no respeito. É sorrateira e dissimulada. Bajular demais significa querer sair na frente acariciando o ego do chefe, ao invés de conquistar a sua admiração por mérito. Isso pega mal com os colegas que estão batalhando honestamente para se destacar. Sim, é legal reforçar a relação com o chefe, mas sem “queimar o filme” com os colegas.
Uma boa relação patrão-empregado tem que ser baseada em autenticidade. Não há nenhum substituto para o mérito.
9. Fazer politicagens
Trabalhar duro para construir fortes relações de trabalho é muito diferente de instigar o conflito, escolher lados, minar os colegas, espalhar rumores, e todas as outras práticas que caem sob a égide de “fazer política”. Mais uma vez, a palavra-chave aqui é autenticidade. Se você estiver escondendo suas ações ou fica envergonhado quando alguma de suas manipulações vem à luz, pode ter certeza, isso é politicagem. Concentre-se em estratégias que te deixam orgulhoso na frente de seus colegas.
Baseado no texto de Dr. Travis Bradberry – co-autor de Inteligência Emocial 2.0