No mundo acelerado de hoje, muitas vezes nos vemos fazendo malabarismos entre várias tarefas ao mesmo tempo. Se você está tentando fazer duas coisas ao mesmo tempo, mudando de uma para a outra, ou fazendo uma série de tarefas sem intervalo, você está praticando “multitarefa”. Embora pareça que isso nos permita fazer as coisas mais rápido e de forma mais eficiente, pesquisadores estão descobrindo que isso nem sempre é fato.

Psicólogos vêm estudando as vantagens e desvantagens da multitarefa no cérebro e a eficácia geral de tentar realizar duas coisas ao mesmo tempo. Joshua Rubinstein, Jeffrey Evans e David Meyer descobriram que ao pedir às pessoas para alternar entre a resolução de problemas de matemática e organizar objetos, elas, na verdade, perderam tempo e demoraram mais para mudar de uma tarefa para outra, do que quando primeiro concluíram uma tarefa, descansaram, e então completaram a outra.

Ao tornar as tarefas mais difíceis ou mais desconhecidas, os pesquisadores descobriram que as pessoas tinham mais dificuldade ainda para se alternar entre tarefas. Isso ocorre porque a pressão sobre o cérebro aumenta quando as tarefas são mais difíceis ou nunca antes realizadas. No geral, eles descobriram que o tempo necessário para se alternar entre as tarefas é pequeno, por vezes, até mesmo menos de um segundo. Isto pode parecer mínimo, mas há situações que representam um risco maior ao se praticar a multitarefa.

O cérebro não foi projetado para multitarefas pesadas e​​ precisa de tempo para “trocar de marcha”. Pense no tempo que o cérebro leva para ir de uma para outra.

Segundo Meyer “mesmo bloqueios mentais curtos, criados pelo deslocamento entre tarefas, podem significar até 40% do tempo produtivo de alguém.

Toda essa “troca de marchas” está chegando ao ponto que é mais eficiente se concentrar apenas e completamente em uma única tarefa. Também esteja ciente de que, mesmo multitarefas simples e inócuas, como falar enquanto dirige, podem tomar meio segundo de “mudança de marchas” e isso pode fazer a diferença entre vida e morte ao se deslocar a 50 Km/h.

Concluindo: multitarefa talvez valha a pena quando for bem simples e familiar. Por exemplo: passar roupa e assistir TV.

Fonte: American Psychological Association
Texto original: Johanna M. Rustia

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