Todos nós gostaríamos de decifrar o código para alcançar o máximo de nossa criatividade. Talvez imitar os hábitos de uma pessoa famosa não seja a solução, mas não há mal nenhum em tentar.

Então, para saciar a sua curiosidade voyeurista, compilamos aqui alguns dos processos criativos menos ortodoxos, no entanto bastante efetivos, de quatro grandes mentes. Veja:

Salvador Dali cochilava com uma chave em suas mãos
Ele era o campeão da soneca poderosa, usando seu método “sono com a chave” para acordá-lo tão logo adormecia. Sentado em uma cadeira, Dali segurava uma chave de metal em sua mão sobre uma placa, também de metal. No momento que o sono começava a tomar conta, a chave escorregava entre seus dedos e batia ruidosamente sobre a placa abaixo, acordando-o logo após os breves momentos aos quais ele mal havia perdido a consciência.

Seus métodos incluíam hypnagogia, o estado de transição entre o momento em que você está plenamente consciente e dormindo. Neste momento as pessoas podem experimentar alucinações visuais e auditivas, paralisia do sono, sinestesia, e ‘experiências fora-do-corpo’. Andreas Mavromatis explica em seu livro Hypnagogia que quando estamos nesse estado, nossos limites do ego soltam-se e nos abrimos mais a um fluido de associação de idéias.

Dan Harmon desenhava um grupo de “embriões”
Não, não é do tipo que eventualmente se transforma em um bebê – pelo menos não um bebê humano. Os Embriões de Harmon são na verdade um círculo narrativo dividido em oito etapas, que ele considerava necessárias para o nascimento de uma boa história.

Harmon, o criador e escritor de ‘Community’ (seriado de comédia transmitido pela NBC – Eua), revelou em entrevista à revista Wired que, cada trama, narrativa e temporada criada tem de passar pelas oito etapas de seu círculo e, caso não der certo, ele joga tudo fora e começa de novo.

Escritor Honoré de Balzac bebia um “caminhão” de café
O romancista e dramaturgo francês recomendou um método “brutal” para se consumir café “apenas para os homens de extremo vigor”: beber muito café forte com o estômago vazio. O resultado?

“Faíscas disparam por todo o caminho até o cérebro… tudo se torna agitado. As idéias rapidamente entram em marcha como batalhões de um grande exército… A cavalaria das metáforas desfila com um magnífico galope… Formas e personagens se levantam…”

Há rumores de que Balzac bebia até 50 copos de café por dia para estimular sua escrita e muitas vezes consumia duas ou três xícaras por vez.

Inventor Yoshiro Nakamatsu costuma quase se afogar
O inventor do disquete tem mais de 3.000 patentes em seu nome, e diz que o quanto mais perto chega da morte, mais criativo fica.

Ele quase se afoga para chegar a novas idéias. Permanece sob a superfície até que atinja o seu ‘lampejo de gênio’, que pode acontecer “apenas 0,5 segundo antes da morte.”

Adaptado de matéria da Fast Company

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